quinta-feira, outubro 13, 2005


Esta noite

São 22 e 13, uma triste coincidência que me fez relembrar que hoje é dia 13... as memórias que eu tenho dos dias treze...

Divaguei um pouco antes de abrir esta janela, falei das nuvens e do azul do céu, do olhar que não se levanta para o contemplar e de pensamentos positivos, falei do que foi, do que vai ser, não falei do presente! Esse guardei-o para mim!

Lembrei-me de rir mas não encontrei motivo, lembrei-me de chorar mas não consegui.
Deixei-me num estado meio absorto da realidade, contemplando um Vazio que me encontrou...
Não encontrei palavras para o descrever e este tornou-se demasiado pesado... arranjei-lhe um amigo e deixei-os a conversar, ambos tentaram descobrir a essência um do outro sem saberem que se completam... tiveram chatisses em poucos tempo, partilharam momentos a dois e separaram-se, encontraram-se diversas vezes sem saberem que estavam acompanhados, descobriram multidões e deram-se bem, deram-se mal, voltaram a estar sozinhos procurando a sua real essência, perderam-se e reencontraram-se... mas casualidades da vida numa esquina qualquer voltaram-se sempre a encontrar... em almas diferentes, em sentimentos distintos, mas os dois juntos... não precisaram de mais nada... então o Vazio e o seu novo amigo Silêncio juraram que quando alguém precisasse de um deles... iriam os dois!

E foi assim que eu arranjei dois novos amigos que tento agora exorcisar, mas a cidade já dorme e a luz da lua não chega para os afastar, tenho de esperar pelo novo raiar para uma nova tentativa, tempo demais, o negro da noite ainda agora chegou e já me invadiu... resta-me então deixar-me absorver, tentando sonhar... sem saber se é melhor nem tentar...


Eu não sei quem te perdeu

Quando veio,
Mostrou-me as mãos vazias,
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais.
E pediu-me
Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:
"Não partas nunca mais".

E dançou,
Rodou no chão molhado,
Num beijo apertado
De barco contra o cais.

E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.

Abraçou-me
Como se abraça o tempo,
A vida num momento
Em gestos nunca iguais.
E parou,
Cantou contra o meu peito,
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais.

E partiu,
Sem me dizer o nome,
Levando-me o perfume
De tantas noites mais.

E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu

Abrunhosa

escrito por Rogério Junior às 22:13.


Sobre mim

Tenho 21 anos. Escrevo por gosto e por necessidade. Acredito nos sonhos e tenho alguns. Sou apaixonado pela Vida e pela Arte. Já escrevi poemas, canções e algumas palavras presas. Escrevo momentos. Alguns em delirio. Nunca editei um livro.

Outros devaneios

Rogério Junior . com

Momentos que leio

Alcomicos Anónimos
Anjos Caídos
Alguém
Algures Aqui
Apenas mais um
A Voz
Blogue Aberto
Charquinho
Cromossomas Lendários
Despreocupadamente
É a cultura, estúpido
Estado Civil
Fábrica dos Sonhos
If only you knew...
Intimidade Indecente
Intimidades
Lua de Inverno
Mais cidade que sexo
Muito à frente
O Fugas
O meu refúgio
Pedacinhos de Estrelas
Pedaços de Papel
Rascunhos (gritos mudos)
Rasga-me as palavras
Salada de Letras com Maionese
Será o Amor impossivel?
Tudo o Que Tenho Em Mim
Um dia de cada vez
Um Rumo
Urso Maior
(des)fragmentações

Momentos anteriores

Um pensamento feliz
Pequenos nadas
é tudo
O Mundo
Sem sentido
. . .
Silêncio
Obrigado
A vida não chega
Manhã

Momentos de outros meses

setembro 2005
outubro 2005
novembro 2005
dezembro 2005
janeiro 2006
fevereiro 2006
julho 2006

Diversos

eXTReMe Tracker