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quarta-feira, janeiro 04, 2006 só Uma conversa que se inicía, um copo que se esvazia entre dois cigarros, um fim de tarde igual a tantos outros, os assuntos são diferentes, as pessoas vão ficando diferentes, e há alturas em que sentimos não ter nada, não ser ninguém... o mundo lá fora é gigante e movido a uma velocidade estonteante, assusta-nos e comove-nos... tentamos viver enquanto vamos apenas existindo... Acabo sempre por retirar algo destes instantes breves, e por vezes também me sinto triste com a realidade do meu pequeno mundo... Parado e atento à raiva do silêncio de um relógio partido e gasto pelo tempo estava um velho sentado no banco de um jardim a recordar fragmentos do passado na telefonia tocava uma velha canção e um jovem cantor falava da solidão que sabes tu do canto de estar só assim só e abandonado como o velho do jardim? o olhar triste e cansado procurando alguém e a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém sabes eu acho que todos fogem de ti pra não ver a imagem da solidão que irão viver quando forem como tu um velho sentado num jardim passam os dias e sentes que és um perdedor já não consegues saber o que tem ou não valor o teu caminho parece estar mesmo a chegar ao fim pra dares lugar a outro no teu banco do jardim o olhar triste e cansado procurando alguém e a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém sabes eu acho que todos fogem de ti pra não ver a imagem da solidão que irão viver quando forem como tu um resto de tudo o que existiu quando forem como tu um velho sentado num jardim Mafalda Veiga escrito por Rogério Junior às 23:02. |
Sobre mim Tenho 21 anos. Escrevo por gosto e por necessidade. Acredito nos sonhos e tenho alguns. Sou apaixonado pela Vida e pela Arte. Já escrevi poemas, canções e algumas palavras presas. Escrevo momentos. Alguns em delirio. Nunca editei um livro. Outros devaneios Momentos que leio
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setembro 2005 Diversos
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