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quinta-feira, novembro 10, 2005 Transcrevendo (parte V) A Wikipedia, enciclopédia livre "online" que se dedica a temas de cultura, geografia, história, matemática, pessoas, sociedade, ciência e tecnologia, tem duas entradas muito particulares, na versão em língua inglesa, sobre temas da cultura e das virtudes de Portugal e dos portugueses: o "desenrascanço" e a "tanga". O "desenrascanço" é o oposto do planeamento, a "tanga" (tradução aproximada: 'bullshit') é dizer algo do senso comum ou vulgar num tom conhecedor e solene. E aqui estão mais duas ideias associadas na arte de ser português, pois a "tanga" faz parte da técnica de resolver problemas por via do "desenrascanço". Dizem os novos enciclopedistas que o objectivo do "desenrascanço" se considera atingido quando resulta "numa hipotética solução suficientemente boa". Se a solução falha, até porque há sempre um novo "desenrascanço" para "desenrascar" o "enrascanço" anterior. É questão e mais ou menos "tanga". E, como assinala a enciclopédia, "a maioria dos portugueses acredita convictamente ser esta uma das suas virtudes mais valiosas e uma parte viva da sua cultura". Viva e ancestral. Conta-se que nos séculos XVI e XVII as embarcações das potências marítimas levavam sempre um português a bordo. Porquê? Porque os portugueses eram já então reconhecidos especialistas nas artes do "desenrascanço". E no alto mar, entre perigos e guerras que iam além da força humana e da Taprobana, eram muitos e inesperados os "enrascanços". Há historiadores que consideram que isso é mais uma "tanga" dos portugueses. O que é certo é que o "desenrascanço" e a "tanga" até já vêm na enciclopédia, chegaram aos nossos dias e alargaram o seu âmbito a todos os domínios. Como canta o José Mário Branco, "quem não pode, desenrasca". É um fado, em dó menor. João Paulo Guerra in "Diário Económico" escrito por Rogério Junior às 15:59. |
Sobre mim Tenho 21 anos. Escrevo por gosto e por necessidade. Acredito nos sonhos e tenho alguns. Sou apaixonado pela Vida e pela Arte. Já escrevi poemas, canções e algumas palavras presas. Escrevo momentos. Alguns em delirio. Nunca editei um livro. Outros devaneios Momentos que leio
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setembro 2005 Diversos
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