sábado, dezembro 17, 2005


ver


Há dois tipos de cegos neste mundo, os invisuais, que procuram toda uma vida conseguir ver, um desejo que reprimem todos os dias e que mantêm secreto tentando transparecer um sorriso nos lábios e uma palavra sempre simpática como se estivessem satisfeitos com a realidade que têm. E os cegos que não querem ver, embora toda a luz esteja diante deles, recusam-se a ver o que mais claro é. Recusam-se a ver, no sentido metafórico claro, o presente tentando estar sempre um passo mais à frente e vendo só um suposto futuro que não existe nem que nunca existirá enquanto não o conseguirem conjugar no presente.
É perda de tempo tentar olhar para um cristal, seja qual for a sua forma, e tentar ver o futuro promissor que esperam ter. O futuro é feito do presente do passado. E só a esse tempo que não tem instância é possivel prever alguma coisa, pois só nele nos encontramos, embora sempre com um pé para trás e outro para frente (por isso tantas teorias dizem que o presente não existe - não tem instância) é nele que temos de apostar.
Podemos controlar quase tudo o que fazemos mas nunca o fazemos, somos escravos do que precisamos e tentamos insistemente prever o futuro e fazer os planos nesse tempo não definido. Desistimos de ver, tornamo-nos cegos pela nossa própria mente... conscientemente... Como se dizia... "Mais triste que um cego é o que não quer ver".

escrito por Rogério Junior às 19:52.


Sobre mim

Tenho 21 anos. Escrevo por gosto e por necessidade. Acredito nos sonhos e tenho alguns. Sou apaixonado pela Vida e pela Arte. Já escrevi poemas, canções e algumas palavras presas. Escrevo momentos. Alguns em delirio. Nunca editei um livro.

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